terça-feira, 24 de novembro de 2009


Conceito de Altitude

O termo Altitude designa a distância em metros medida na vertical desde o nível médio das águas do mar até um determinado lugar (na figura lugar A).

Conforme a posição do lugar em relação ao nível médio das águias do mar, assim a altitude também pode ser negativa, isto é, quando os lugares se localizam abaixo do nível médio das águas do mar (lugares B e C).

domingo, 22 de novembro de 2009


Efeitos da altitude no corpo humano?

26 de outubro de 2008

É incrível como nosso corpo sofre com uma mudança na altitude. O corpo já começa a sentir os efeitos logo aos 3 mil metros, onde o organismo começa a reagir a falta de oxigênio. Aos 5 mil metros, é como se estivéssemos com uma ressaca daquelas! Daí em diante existe risco de desidratação, pois a umiade e pressão do ambiente são muito baixas, fica difícil respirar até com máscara. Aos 7 mil metros já é conhecida como “zona da morte”, onde o corpo humano por mais aquecido que esteja acaba morrendo aos poucos.

PULMÕES: Quanto maior a altitude menos denso o ar e menor a quantidade de oxigênio. O ritmo com que buscamos ar, aumenta e mais gás carbonico é eliminado. Isso altera a acidez no sangue.
SANGUE: A frequência cardíaca aumenta e mais hemácias (que transportam o oxigênio) são produzidas e vão para o sangue. Por consequência disso, ele fica mais espesso.
TECIDOS: As áreas que mais sofrem são pés, maõs dedos e nariz. O frio e a falta de oxigênio podem matar esse tecidos e, em alguns casos, é preciso amputá-los.
OLHOS: A claridade é muito maior lá encima, ela agride os olhos e pode provocar fadiga ocular ou até cegueira momentánea. Ficar sem óculos de sol, nem pensar.
CÉREBRO: O aumento da circulação sanguínea faz com que ele inche. Sem ter para onde expandir, ele ficaa comprimido no crânio, o que causa fortes dores de cabeça. A falta de oxigênio pode causar até alucinações.
PALADAR: A perda de líquidos desequilibra os sais do corpo, como o cloreto de sódio, e o paladar fica insensível. Um alpinista pode perder o apetite e ter sintomas parecidos com anorexia.
EDEMAS: A pressão atmosférica mais baixa pode causar edemas pulmonares, cerebrais e oculares. Os vasos se rompem e os órgãos começam a acumular líquidos.

Principais perguntas sobre os efeitos das grandes altitudes

Quem desembarca numa cidade de altitude elevada costuma sentir logo de cara o impacto do ar rarefeito em nosso organismo. Em alguns casos, os efeitos são perigosos – o ministro da Justiça, Tarso Genro, desmaiou em uma solenidade realizada em La Paz, na Bolívia. O brasileiro passou mal justamente durante um discurso do presidente boliviano Evo Morales – o líder populista que faz campanha contra a Fifa para evitar um veto ao futebol nas cidades mais altas do planeta. Afinal, a altitude é um perigo?
1. Qual é a diferença entre as condições encontradas nessas cidades?
2. O que acontece quando alguém sai do nível do mar e sobe demais?
3. Todas as pessoas sentem os sintomas negativos da altitude maior?
4. O que é possível fazer para amenizar (ou eliminar) esses sintomas?
5. Que tipo de substância é possível ingerir para evitar os problemas?
6. Quais são as cidades onde os sintomas podem ser mais sentidos?
7. Existe risco de vida para uma pessoa que viaja às altitudes maiores?
8. Quem mora na altitude elevada pode passar mal ao descer ao mar?
9. A altitude pode ser um elemento decisivo em uma disputa esportiva?
10. Por que a Fifa fala em proibir partidas oficiais de futebol nas alturas?


1. Qual é a diferença entre as condições encontradas nessas cidades?
Quanto maior é a altitude, menor é a pressão atmosférica e mais rarefeito é o ar que respiramos. Também há uma redução na temperatura, que cai em média 6,5 graus a cada 1.000 metros de altura. Por fim, há um aumento na intensidade dos raios solares (que, aliás, podem provocar graves queimaduras). Com o ar rarefeito, somado ao incômodo provocado pelas condições climáticas mais duras, o funcionamento do organismo muda, e podem ocorrer efeitos desconfortáveis.


2. O que acontece quando alguém sai do nível do mar e sobe demais?
Quem vive em cidades ao nível do mar ou em localidades relativamente baixas não está acostumado às condições atmosféricas das grandes altitudes – portanto, o organismo sente o impacto da mudança e precisa de tempo para se adaptar. O corpo responde da seguinte maneira: a freqüência respiratória aumenta, a freqüência cardíaca se acelera e a concentração de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio para os músculos, aumenta no sangue. Nesse período de adaptação, os sintomas mais comuns são respiração curta, dores de cabeça, náusea, vômitos, tontura, insônia (em dois terços dos casos) e perda de apetite (em um terço das pessoas).


3. Todas as pessoas sentem os sintomas negativos da altitude maior?
Não. É impossível prever se alguém sofrerá com os sintomas ou terá uma adaptação tranqüila. Calcula-se que os sintomas negativos sejam sentidos por cerca de 15% das pessoas a 2.000 metros de altura. O índice sobe para 60% quando se chega a 4.000 metros. A mais de 5.000, todas as pessoas sentem algum tipo de efeito negativo. Qualquer pessoa está sujeita ao problema – fatores como idade ou sexo não são determinantes. A característica que mais pesa na definição de quem sofre ou não com os efeitos da altitude é a condição física. Geralmente, quem está bem condicionado lida melhor com a situação. O bom preparo e o fôlego em dia, porém, não garantem totalmente que uma pessoa ficará livre dos sintomas.


4. O que é possível fazer para amenizar (ou eliminar) esses sintomas?
O melhor é subir aos poucos, ou seja, viajar a alturas sucessivamente maiores e dar tempo suficiente para a adaptação. Quanto mais rápida é a chegada e mais alto é o destino, piores são os sintomas. Assim, uma pessoa que vive ao nível do mar e resolve visitar La Paz, a mais de 3.600 metros, pode evitar problemas gastando alguns dias numa altura intermediária, a pouco mais de 2.000 metros. Quem não tem tempo para fazer a adaptação deve tentar chegar ao destino com uma boa condição física – recomenda-se caminhar ou correr nas semanas que antecedem a viagem.


5. Que tipo de substância é possível ingerir para evitar os problemas?
Alguns médicos prescrevem medicamentos para combater os efeitos da altitude. O Diamox (acetazolamida), que ajuda a metabolizar mais oxigênio, é um deles – o consumo deve começar 24 horas antes da chegada ao destino, duas ou três vezes ao dia. Outras opções são a dexametasona, um esteróide, e o gingko biloba, um fitoterápico. O uso dos remédios, contudo, é polêmica. Muitos médicos não gostam de receitar essas substâncias contra a altitude. Soluções mais seguras são a aspirina, a cafeína e, nos países andinos, o chá de coca – todos são capazes de amenizar os efeitos da altitude.


6. Quais são as cidades onde os sintomas podem ser mais sentidos?
Todas as que são localizadas em grandes cadeias de montanhas ou em altiplanos. Há localidades muito altas na Europa, América do Norte e Ásia, em especial Nepal e Tibete. No continente sul-americano, as mais altas cidades estão na Bolívia, no Peru, no Equador e na Colômbia. O país de Evo Morales tem, além de La Paz, as cidades de Oruro, El Alto e Potosí – essa última é conhecida como a cidade mais alta do planeta, a mais de 4.100 metros. A peruana Cusco (3.400 metros), a equatoriana Quito (2.800 metros) e a colombiana Bogotá (2.650 metros) são outras cidades muito altas nos países vizinhos.


7. Existe risco de vida para uma pessoa que viaja às altitudes maiores?
Sim. Nos casos de sintomas mais graves, pode surgir até um edema pulmonar (fluidos nos pulmões) ou edema cerebral (inchaço do cérebro). Se o visitante de uma cidade muito alta não cometeu excessos (na alimentação, no consumo de bebidas alcoólicas e no excesso de atividade física) mas ainda assim sofreu sintomas fortes demais, recomenda-se procurar um médico. Os sintomas devem ser levados a sério: se não desaparecerem com o tempo, precisam ser examinados.


8. Quem mora na altitude elevada pode passar mal ao descer ao mar?
Algumas pessoas nessa situação reclamam de algum desconforto, de perda de apetite e de dores de cabeça por causa da diferença nas condições climáticas. No geral, porém, os moradores de cidades muito altas não enfrentam dificuldades na descida. No caso dos atletas, isso é até usado em favor de um melhor desempenho. Quem treina na altitude rende mais ao nível do mar. Como o ar rarefeito ensina o organismo a absorver e a processar melhor o oxigênio, o rendimento melhora.


9. A altitude pode ser um elemento decisivo em uma disputa esportiva?
Os estudos dos efeitos da altitude sobre a performance física começaram a ser realizados depois dos Jogos Olímpicos de 1968. A competição realizada na Cidade do México, a 2.400 metros, registrou nas corridas de média e longa distância o triunfo de atletas de países montanhosos, como Tunísia, Etiópia e Quênia, enquanto australianos e americanos, os favoritos, mal conseguiam alcançar a linha de chegada. Pesquisas confirmaram que o treinamento em altitude elevada produzia um ganho de desempenho em provas de resistência, e alguns países, como os Estados Unidos, começaram a levar seus atletas para se condicionar em cidades montanhosas.


10. Por que a Fifa fala em proibir partidas oficiais de futebol nas alturas?
Porque o calendário da modalidade não permite que os times e seleções tenham tempo suficiente para a adaptação à altitude. As equipes das outras regiões reclamam do deseqüilíbrio provocado por esse fator nas disputas. O Equador, por exemplo, foi às duas últimas Copas do Mundo graças aos bons resultados obtidos em Quito. Na Copa Libertadores da América, diversos clubes brasileiros sofreram nos duelos com equipes muito inferiores tecnicamente. A forte reação dos países andinos, que incluiu até a promessa de boicote às competições internacionais, adiou a aplicação do veto aos jogos na altitude, decidido no início do ano. Mas em dezembro, o Comitê Executivo da Fifa declarou que os jogos não podem ser disputados acima dos 2.750 metros, a não ser que os times tenham o prazo necessário para a aclimatação.

sábado, 21 de novembro de 2009

Mergulho





O mergulho é uma prática muito antiga que consiste na exploração submarina utilizando-se ou não de equipamentos especiais.

No mergulho, existem quatro principais estilos, são eles: Mergulho estilo
Snorkeling, Livre, Caça Submarina e Autônomo. Veremos agora, o que é cada um deles.

Estilo Snorkeling

Trata-se da prática de mergulho, onde o praticante se utiliza basicamente da
máscara, nadadeiras e snorkel para mergulhar. Na realidade, nesta prática o indivíduo nao mergulha, apenas mantêm-se positivo e observa o mundo subaquático com o rosto submerso e respirando pelo snorkel. Esta prática é especialmente válida para pessoas que pôr motivos de saúde ou pânico não podem mergulhar.

Mergulho Estilo Livre

O mergulho livre consiste em mergulhar sem utilizar nenhuma fonte de ar, ou
seja, manter-se em baixo da água somente com o ar dos pulmões (em apnéia). Há mergulhadores que se utilizando dessa técnica ficam submersos pôr um período superior a cinco minutos e descem a uma profundidade superior a cem metros.

Mergulho Estilo Caça Submarina

Consiste no uso das técnicas de apnéia para praticar, utilizando-se um arbanete (arpão), a caça. Por ser injustamente mal visto por alguns mergulhadores que fazem uma falsa defesa ecológica, hoje em dia utiliza-se também embora incorretamente, o nome pesca subaquática.Esta modalidade exige muita técnica e treino, pois além de o mergulhador ter que ficar tempo suficiente submerso para poder atingir seu alvo tem que ter uma boa "pontaria". Este tipo de prática também deve ser feita em duplas, onde só um dos mergulhadors da dupla deverá carregar o arpão.Vale ressaltar que e expressamente proibida a caça submarina em Narquilê(utilizando-se fontes artificiais de ar), pelo fator ecológico, constituindo-se a desobediência da mesma, crime contra o meio ambiente.

Mergulho Estilo Autônomo

O Mergulho Autônomo é o estilo em que se usam as fontes artificiais de ar
(Cilindro ou Narquilê) para se manter submerso na água sem precisar retornar à superfície para respirar, através dos aparatos utilizados para a prática desta modalidade, onde o mergulhador passa a ter uma perfeita autonomia sobre o seu mergulho. Podendo assim explorar com mais atenção e riqueza de detalhes os mistérios e surpresas do mundo subaquático.

Outras Atuações

Utilizado para a exploração científica ou recreacional de embarcações naufragadas e cavernas. Esses são tipos de mergulho que também exigem treinamento específico e especial cuidado com equipamentos, que muitas vezes são duplicados para eventuais necessidades de substituição.

Além do mergulho de lazer ou recreacional, existe a prática do mergulho em atividades competitivas e profissionais.

Há poucas competições de mergulho. Basicamente, existem as que envolvem caça/pesca submarina, a apnéia e a fotosub (foto submarina). A busca de recordes na apnéia foi celebrizada no filme "Imensidão Azul”, de 1988, que contou a história dos dois maiores apneístas contemporâneo, o francês Jacques Mayol e o italiano Enzo Majorca (no filme, chamado de Enzo Molinari).

Mergulho Profissional

Existem cursos específicos para se tornar um profissional em mergulho. Além da operação comercial de mergulho, esta prática pode ser utilizada profissionalmente em outras áreas. Entre as mais conhecidas estão a pesquisa no fundo do mar (oceanografia, biologia marinha e arqueologia) e a construção e manutenção de hidrelétricas e plataformas de petróleo. Nelas é realizado o mergulho técnico, potencialmente perigoso e que exige treinamento e equipamento adequado.

Equipamentos do Mergulho

Para um mergulho seguro, é necessário o uso uma série de equipamentos que proporcionarão tranqüilidade, conforto e, obviamente, segurança ao mergulhador.

Os principais equipamentos são:

- snorkel
- mascara de mergulho
- cilindro de ar comprimido
- roupas isolantes
- faca de mergulho
- cinto de lastro
- nadadeiras
- colete equilibrador
- lanterna
- computadores
Dieta aquática

Água

Devido a grande facilidade para desidratação (fator que contribui ao aparecimento de doença descompressiva) é recomendado o re-dobrado consumo de água, antes do mergulho. Após ou entre os mergulhos são recomendadas bebidas isotônicas para repor também os sais minerais.

Leite condensado

O contato por tempo prolongado com a água em temperatura mais baixa que o ambiente provoca excessiva perda de calorias. Os mergulhadores chegam a perder até quatro quilos num só dia na água. Por isso digerem substâncias doces, como leite condensado para reforçar as calorias que o organismo metaboliza com muita rapidez. A alta concentração de sal na água também resseca a boca dos mergulhadores, que procuram substâncias doces para conservar o paladar.

Perda de peso

Os mergulhadores que fazem caça submarina perdem quatro quilos em média, pois permanecem muitas horas dentro da água. Quem faz mergulho autônomo perde em média 900 calorias por mergulho.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mergulho: a segunda profissão mais perigosa do mundo. Conheça!


Qual será, afinal, o objetivo desses mergulhadores cheios de cilindros pendurados, que passam tanto tempo fazendo descompressão, ajustando os equipamentos, conversando sobre planejamento de mergulho e utilizando termos e siglas complicadas?

Basicamente, existem dois tipos de mergulhadores: aqueles que vêem a atividade como um lazer, com o qual podem fazer novos amigos, estar em contato com a natureza, viver novas experiências e conhecer lugares diferentes, e os que são aficionados e encontraram na atividade um estilo de vida.

A diferença básica é a atração, a curiosidade pelo naufrágio, pela pedra afastada da ilha, pelas cavernas e por desenvolver suas habilidades técnicas, como também seus conhecimentos teóricos. Essa vontade de evoluir, de apurar a técnica e o espírito é o que acaba transformando um mergulhador recreativo em um mergulhador técnico.

Apesar de, à primeira vista, o perfil do mergulhador técnico ser facilmente associado com o Rambo, ele está muito mais para o criativo e paciente McGyver.

As capacidades de avaliar, planejar e reconhecer os próprios limites e lidar com frustrações são muito mais úteis nessa atividade do que a coragem excessiva. Apesar de um bom condicionamento físico ajudar, nada substitui a disposição e o entusiasmo.

Foi a necessidade criada por esses entusiastas que fez com que surgisse o movimento chamado mergulho técnico, representado por mergulhadores que têm maiores objetivos recreativos e procuram constantemente equipamentos, técnicas e informações para que os limites sejam sempre ampliados.

Este artigo foi escrito por Marcos Fernandes Gaspar, diretor-presidente da Organização Socioambiental para Diversidade MiraTerra (OMT) e diretor-executivo da SeaQuest de Rio Claro.